A recente crise da Americanas.com, que teve a suspensão de suas vendas determinada pela Justiça para que possa atender os pedidos em atraso, é mais um exemplo das dificuldades enfrentadas pela B2W, a sua controladora.
Quando foi criada, em 2006, a B2W assumiu imediatamente a liderança do mercado brasileiro de comércio eletrônico. Dona de sites como Submarino e Ingresso.com, a companhia é vista com cada vez mais reservas. Veja, a seguir, os principais sinais de que a B2W já viveu dias melhores:
Quando foi criada, em 2006, a B2W assumiu imediatamente a liderança do mercado brasileiro de comércio eletrônico. Dona de sites como Submarino e Ingresso.com, a companhia é vista com cada vez mais reservas. Veja, a seguir, os principais sinais de que a B2W já viveu dias melhores:
1 – Atraso na entrega de produtos
É o principal problema da empresa. O fato se agravou tanto que nesta semana o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro emitiu uma liminar para suspender a venda de produtos da B2W no estado, por conta dos excessivos atrasos na entrega de sua controlada Americanas.com. A multa diária inicial era de 20.000 reais. Porém a empresa descumpriu a medida e continuou com as vendas. Resultado: a multa diária foi aumentada para 100.000 reais. Tudo isso evidencia problemas de logística da empresa. Procurada, a B2W não comenta casos em andamento e até o fechamento da matéria não tinha fornecido dados sobre novos investimentos. A companhia informou ter investido 74 milhões de reais nos três primeiros meses de 2011, voltados principalmente às áreas de tecnologia e logística.
2 – Campeã de reclamações dos consumidores
Entre janeiro e maio deste ano, a B2W liderou o ranking entre as empresas que mais receberam reclamações dos clientes no estado de São Paulo – o maior mercado consumidor do país. Segundo o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), foram 2.688 reclamações, ou 5,64% do total, à frente das operadoras Claro e TIM, por exemplo.
Apesar de ter sido suspensa pela Justiça de vender seus produtos no Rio de Janeiro por problemas de entrega, a empresa ficou na oitava posição entre as mais reclamadas no estado – o que não significa que seus clientes estejam satisfeitos.
Apesar de ter sido suspensa pela Justiça de vender seus produtos no Rio de Janeiro por problemas de entrega, a empresa ficou na oitava posição entre as mais reclamadas no estado – o que não significa que seus clientes estejam satisfeitos.
3 – Perda constante de participação de mercado
Criada em 2006, a B2W viveu anos de conforto. Sem concorrentes de peso no comércio eletrônico na época de sua fundação, a empresa dominava mais da metade do setor. A situação, no entanto, começou a ficar mais difícil com a chegada dos tradicionais gigantes do varejo – Carrefour, Walmart e Pão de Açúcar – no comércio eletrônico, além dos milhares de sites de compras coletivas como Groupon e Peixe Urbano. Hoje, a B2W tem cerca de 30% de participação no mercado. Uma das mais recentes ameaças para a empresa é a NovaPontocom, que reúne todas as companhias de Abílio Diniz – Pão de Açúcar, Casas Bahia e Ponto Frio.
4 – Prejuízo nas contas
O ano começou mal para a B2W. No primeiro trimestre, a empresa teve prejuízo líquido de 1,6 milhão de reais, ante um lucro de 14 milhões obtidos um ano antes. No mesmo período, a empresa viu seu resultado financeiro líquido atingir a marca negativa em 78,7 milhões de reais, superior aos 62,3 milhões registrados no mesmo período de 2010, impactado pela reversão dos Ajustes a Valor Presente (AVP).
5 – Investimento no exterior para equilibrar resultados fracos no mercado interno
Em geral, uma empresa parte para a internacionalização quando sua posição no mercado doméstico está consolidada. A B2W, no entanto, inverte essa lógica. À medida que perde mercado no Brasil, aumenta os investimentos no exterior. Em novembro passado, a empresa anunciou que expandiria seus negócios para além das fronteiras brasileiras por meio das subsidiárias Ingresso.com e B2W Viagens para equilibrar os fracos resultados no Brasil. No período, o lucro recuou 75%.
onte: http://info.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário