O ministro Edson Lobão, de Minas e Energia, afirmou que o governo está "nos momentos finais" para obter as licenças de Belo Monte. Apesar de algumas empresas terem desistido do empreendimento, Lobão destacou ainda que não faltarão interessados para a compor o consórcio que irá construir a hidrelétrica. O ministro criticou a burocracia para licenciamentos desse tipo no Brasil, como as cerca de 140 condicionantes exigidos pelo Ministério do Meio Ambiente. Para o físico Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras, os protestos de ambientalistas desconsideram o fato de que as hidrelétricas são menos agressivas que a especialização do país na produção de produtos primários, como soja, minério e criação de gado, que degradam a Amazônia.
"Todas as hidrelétricas projetadas para a região não afetarão mais que 3% da floresta", disse, defendendo a criação de um plano de desenvolvimento para a Amazônia visando a melhorar as condições de vida e o perfil do trabalhador da região.
"Está faltando governo nesse caso. Se não houver planejamento, os trabalhadores terão de desmatar quando a obra acabar", salientou, lembrando que a revolta nos canteiros de obras devem-se às péssimas condições de trabalho na construção civil.
Fonte: Monitor Mercantil
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